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Engenharia
A Segurança de Barragens no Brasil Exige Capacitação Técnica Imediata
Rodrigo Pereira
02/12/2025
A recente COP30 voltou a colocar em evidência a disputa global pelos chamados minerais críticos e, com isso, reacendeu o debate sobre a expansão da mineração na Amazônia. Enquanto empresas do setor e representantes governamentais destacam o enorme potencial do Brasil para suprir a demanda por insumos essenciais à transição energética, o Ministério Público Federal do Pará tem acompanhado esse movimento com cautela e ressalvas.
Elementos como lítio, terras raras, cobre e níquel são peças-chave na fabricação de baterias e ímãs de alta performance, tecnologias indispensáveis para reduzir a dependência de combustíveis fósseis. Nesse contexto, iniciativas voltadas à exploração desses minerais têm recebido prioridade no processo de licenciamento ambiental e também atraído novos estímulos financeiros — como o edital mais recente do BNDES, que prevê R$ 45 bilhões para projetos de mineração voltados à descarbonização da economia, porém, estas explorações não podem ser feitas sem um cuidado e responsabilidade próprios.
A segurança de barragens e pilhas tem sido um dos temas mais sensíveis da infraestrutura brasileira. O país possui aproximadamente 28 mil barragens cadastradas no Sistema Nacional de Informações sobre Barragens, abrangendo usos como abastecimento, irrigação, rejeitos e geração de energia. Entretanto, relatórios recentes apontam que 241 barragens foram classificadas como prioritárias para ações de segurança, por apresentarem não conformidades estruturais ou documentais.
Esses dados revelam um cenário que ainda demanda forte evolução em monitoramento, regularização, manutenção e gestão técnica,
Por que a Gestão de Segurança de Barragens é tão crítica hoje
Barragens são estruturas essenciais para irrigação, energia, saneamento e mineração — mas também representam risco relevante quando não são geridas de forma adequada. O descumprimento de normas, falhas de manutenção, ausência de inspeções periódicas e documentação insuficiente ainda são problemas recorrentes no país.
Relatórios da ANM e da ANA também mostram que, embora haja avanços na estabilidade de algumas estruturas, a fiscalização continua identificando pontos de atenção que exigem profissionais preparados para atuar com análise de risco, diagnóstico estrutural e gestão de segurança.
Além disso, mudanças climáticas, eventos extremos e pressões sobre armazenamentos hídricos reforçam a necessidade de sistemas de segurança robustos, que combinem engenharia, gestão ambiental e procedimentos de emergência.
Falta de Mão de Obra
O mercado de trabalho para esse profissional é amplo e em crescimento, existindo oportunidades em empresas de mineração, órgãos públicos, consultorias, concessionárias de energia, indústrias que utilizam reservatórios, perícias técnicas e no agronegócio. A atuação envolve desde o projeto e monitoramento até a gestão de segurança e a elaboração de relatórios para órgãos fiscalizadores. Apesar das vagas, existem poucos profissionais que realmente atendam as exigências necessárias para trabalhar na área, criando uma oportunidade para quem se especializar.
A frente do Mercado
Pensando neste cenário, o IPOS Especialização lançou a Pós-Graduação em Gestão de Segurança de Barragens e Pilhas e Barragens para Irrigação, que foi elaborada para atender às demandas reais do setor, formando profissionais capazes de atuar na prevenção, no monitoramento e no planejamento seguro dessas estruturas.
Ao longo do curso, o aluno desenvolve competências em:
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· Legislação e diretrizes da Política Nacional de Segurança de Barragens;
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· Classificação de risco, Dano Potencial Associado (DPA) e análise de estabilidade;
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· Procedimentos de inspeção, monitoramento e manutenção preventiva;
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· Técnicas aplicadas a barragens rejeitos e irrigação;
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· Gestão de risco, elaboração de relatórios e planos de ação;
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· Práticas de auditoria, documentação e conformidade com órgãos fiscalizadores.
A proposta é que o profissional compreenda a complexidade das estruturas e esteja apto a aplicar métodos atualizados de segurança, prevenção e gestão integrada.
O melhor momento para se especializar
Com centenas de barragens classificadas como prioritárias e uma grande quantidade de estruturas que ainda carecem de documentação completa, o Brasil demanda especialistas capazes de atuar com rigor técnico e visão sistêmica.
Por isso caso esteja pensando em se especializar, não perca tempo! Esta é a sua virada de carreira. Invista em conhecimento e invista no seu futuro hoje!
Rodrigo Pereira
O Professor Coordenador é Engenheiro Civil formado pela Universidade Estadual de Minas Gerais, com especialização em M. Eng. em Engenharia em Geotecnia pela PUC-Minas, Engenharia de Segurança do Trabalho pela PUC-Minas
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